Eu tinha uns nove. Ela dezesseis. Era irmã de um guri da turma da praia do Pinhal, onde a gente passava as férias. Não lembro o nome dela. Nem do irmão. Lembro que eu deitava ao lado dela, na rede, nos fins de tarde. Enquanto a gurizada ia caçar rãs ou pegar isca pra pescar, a gente ficava ali, conversando. Primeira namorada? Claro que não. Primeira paixão? Olha, vou te dizer que naqueles momentos eu queria ser mais velho, sim. Ela ria do que eu dizia, mexia o cabelo que era liso e claro. E me dava atenção e carinho. O que um menino de nove anos podia querer mais? As férias daquele ano acabaram. Cheguei a levar o endereço anotado num pedaço de papel. Acho que o telefone dela também. Mas eu nunca mais a vi. Saudade? Saudade bateu agora, ao ouvir essa canção do Humberto Gessinger e do Duca Leindecker, que termina assim: “e agora o Pinhal, não tem mais a gente lá… eu volto pra lembrar que a gente cresceu na beira do mar…”!
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