Superagui, janeiro 2018

Quando a gente supera a “barra” e seus mistérios, entre ondas e baixios, a ilha surge e descortina o universo marinho. Entre terra e baía, os que já conhecem reencontram. Os que ainda não viram, descobrem.

Se a gente deixar, se a gente quiser, a gente “se” descobre. O que há por dentro e por fora da nossa parte náufrago, marinheiro, ilhéu. A alma que se perdeu, o riso, o pranto e todo o encantamento em cada canto da ilha.

Praia é para quilômetros de pegadas, braçadas nas ondas do que se vê e do que é só ilusão oceânica. Solidão. Liberdade. Paixão atlântica. Explicar sem entender, o que é história e o que não é nada nos acordes do fandango, só batida e conversa com os antepassados. Cultura.

Navegar é necessário, além do ir e vir, comunicar-se com o resto do mundo. O poente e o porvir, um amanhã que pode ser de sol ou de tempestade, não importa. A ilha nos faz esquecer de onde viemos, para onde vamos de volta. Desde que aqui pisamos, esta é a nossa casa.

Fotos: Vinicius Sgarbe

Sobre fernandoparracho

Jornalista com mais de 30 anos de experiência, fazendo uma transição para a vida rural. 🌱🏞️ Mas ainda atuando na comunicação, criação de roteiros e textos de vídeos, gravação de reportagens, produção de vídeos institucionais, materiais de divulgação, locução, apresentação de eventos e congressos.
Esse post foi publicado em "Time and a word", Um tempo, um lugar. Bookmark o link permanente.

Uma resposta para Superagui, janeiro 2018

  1. SIMONE PASSOS DE OLIVEIRA disse:

    Parabéns, lindas palavras!!

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s