Na mira dos insanos

O atentado que matou 12 pessoas e feriu 59 no cinema de Aurora no estado americano do Colorado, no último dia 20 de julho, trouxe novamente à luz um drama da civilização. Os EUA tem mais armas do que gente. Sim, o número de armas de fogo supera o de habitantes! E essa situação está prevista na lei do país mais rico do mundo. Não há nada de ilegal nisso, mas na minha opinião, é imoral. A cada massacre de inocentes, promovido por algum louco armado até os dentes, em algum canto do país, erguem-se prantos e lamentos pelo que a insanidade e a doença social podem fazer. Mas não há como dizer que esses episódios surpreendem, já que qualquer um pode ter um arsenal em casa, se abastecer de munição em alguma loja da esquina ou pela internet. A compra de armas é livre, o uso também, em nome da “liberdade” de escolha de cada cidadão, do direito que cada americano tem de se “defender”. A equação é óbvia. Se há milhões de pessoas armadas, amparadas pela lei, se você não consegue prever quantos doidos estão à solta fazendo de seu endereço um paiol, um esconderijo do mal, arquitetando à traição a morte de outros, por vingança ou pelo prazer de matar, muitos ainda continuarão sendo “abatidos”, a tiros de pistola, disparos de fuzil, ou por qualquer outro objeto explosivo, que sirva para matar. A regra vale também para os terroristas suicidas, os homens-bomba, os assassinos que bombardeiam civis, para se manter no poder e proteger seu status, sua própria riqueza. A civilização está em guerra. A saúde e a vida estão em risco, a cada instante, na mira de idiotas homicidas incógnitos no meio da multidão. A paz está perdendo a batalha, e tudo dentro da “lei” ou sob argumentos pseudo-religiosos que pretendem justificar uma luta “santa” contra satã.

Sobre fernandoparracho

Jornalista com mais de 30 anos de experiência, fazendo uma transição para a vida rural. 🌱🏞️ Mas ainda atuando na comunicação, criação de roteiros e textos de vídeos, gravação de reportagens, produção de vídeos institucionais, materiais de divulgação, locução, apresentação de eventos e congressos.
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