Gosto de navegar. Mais do que tudo gosto do mar. Talvez os antepassados lusos sejam a explicação. Afinal, eles não temiam desafiar os mares. Cruzaram os oceanos todos desafiando as ondas, os cabos e as tempestades. Neste catamarã da foto, fiz o trajeto de volta de Morro de São Paulo para Salvador, numa tarde em que na ilha ainda brilhava o sol. Mas depois de zarpar, o céu escureceu, a chuva caiu implacável sobre a embarcação. O catamarã que navega bem, cortando suavemente as ondas, começou a sacudir, a balançar de um lado para o outro. Várias pessoas passaram mal, enjoaram e tiveram que usar os “saquinhos” plásticos que estavam enrolados à frente de cada poltrona. Foi um pandemônio à bordo, gente tentando tomar um ar, caminhar, pessoas tontas, mareadas, pálidas, lutando pra se segurar em pé. Eu me lembrei da célebre orientação de olhar somente para a linha do horizonte e não encontrei… tinha desaparecido sob o cinza escuro da tormenta. Não cheguei a passar mal, resisti não sei se por sorte ou pelo sangue português. Naquelas duas horas e meia de mar batido, chuva e vento, pensei nos marinheiros que atravessavam o mar em caravelas de madeira e velas de pano. Gosto do mar, gosto de navegar, mas definitivamente não sou um bom marujo.
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